Para chegar em Karlovy Vary pegamos um ônibus em Praga de manhã cedo com passagem de volta, pois era um passeio de bate-e-volta. Chegando na cidade de menos de 50.000 habitantes nos sentimos forasteiros, o dia estava chuvoso e frio, a nosso tour começou a pé devagar e sem pressa. Logo nos deparamos com a fonte Sadová kolonáda, a rua de frente a essa fonte foi a que mais chamou nossa atenção, Rua Sadová, logo percebemos que estámos em cenário de filme. No Parque deserto com poucas pessoas e sem turistas uma grega turista solitária pediu para tirar uma foto dela, tiramos a foto dela e ela perguntou de onde nós éramos, respondemos Brasil! O semblante de espanto e fascínio foi nítido, ..., ela indagou como um casal de tão longe foi parar no mesmo lugar que ela estava, pois ali era um lugar incomum, respondemos que o incomum nos deixa mais curiosos.
Seguindo o Rio Teplá encontramos as Colunas de Mill, um lugar certo para tirar uma boa foto e beber aquelas águas que todo turista bebe e acha que fica super saudável, isso nos faz remeter à São Lourenço, cidades que faz beber tanta água diferente que logo fica procurando um banheiro. Na Colonna della peste Santissima Trinità observamos uma perseguicao policial, sim, não era Primeiro Mundo, aliás, os jovens de lá, parecem ser bem inconsequentes. Tomamos um Vinho Quente (Glühwein) esperamos a chuva passar e seguimos em direção ao cassino, logo nos deparamos com um pavilhão de exposições. A cúpula do local é feita de vidro, confeccionado pelo escultor Jana Fišera. No espaçoso salão há cinco outros lugares de nascente, marcados com A, B e C, nos quais a água da nascente é resfriada a 50°C e 30°C. O salão possui barracas de vendas de souvenirs e um piso de exposição na galeria. Do lado de fora está a Fonte Vřídelní kolonáda, talvez a mais imponente do centro da Karlovy Vary.
Seguimos e chegamos ao Grandhotel Pupp, nada menos que o hotel dos filmes Cassino Royale e Férias da Minha Vida, o hotel é um dos poucos hotéis resort famosos na Europa do século XVIII. A história é surpreendente, começando já em 1701 com a construção realizada por Johann Georg Pupp, que originalmente era confeiteiro. As próximas gerações de Pupps seguiram os passos do pai. A família Pupp adicionou a última mobilia ao hotel em 1936, pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial.
Ao lado do hotel existe o Kaiserbad Spa, foi o lugar mais bizarro que vimos na cidade, totalmente abandonado, um descaso com tanta história, cidades no Brasil dariam a vida por um lugar histórico como aquele, o segurança fazia a função e mostrar o lugar, cobrar a entrada, além da segurança do local, a única língua que falava era a língua checa, logo entendíamos nada, mas fazíamos cara que estava gostando do que ele estava falando, a entrada era torno de 25 centavos convertendo em reais, caro, não?!kkk
Consciente que estava se findando o dia, passamos pela igreja ortodoxa Chrám sv. apoštolů Petra a Pavla, a igreja é extremamente bonita por fora, e ficamos cativado pela arquitetura ortodoxa, até mesmo porque seria a primeira visita em uma igreja ortodoxa, suas cúpulas são sempre realçadas e bem coloridas ou douradas, uma arquitetura de catedral ímpar e marcante, entramos na igreja e logo nos ofereceram um papel para colocar pedido de oração, escrevemos nossos pedidos em inglês e depositamos na urna, observamos as pinturas nas paredes e claro, fizemos nossa oração, foi o lugar que mais sentimos paz na cidade, dava vontade de ficar um pouco mais na igreja, mas tínhamos que seguir nossa jornada e voltar para Praga, podemos dizer que terminar o passei na igreja ortodoxa foi fechar com chave de ouro Karlovy Vary.
Portorizenhos: Renan Verli e Pamela Verli Viagem realizada em NOV2019
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